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Hiperparatireoidismo. Qual conduta nutricional?

  • Foto do escritor: Bertozza Marketing
    Bertozza Marketing
  • 12 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

O hiperparatireoidismo é uma condição em que as glândulas paratireoides produzem uma quantidade excessiva de hormônio paratireoideano (PTH). Esse hormônio regula os níveis de cálcio, fósforo e vitamina D no corpo, fundamentais para a saúde óssea e o funcionamento muscular e nervoso.


Representação das glândulas da paratireóide
Paratireóide

Existem três tipos principais de hiperparatireoidismo:

  1. Hiperparatireoidismo primário: Surge devido a um problema nas próprias glândulas paratireoides, como um adenoma (tumor benigno), hiperplasia (aumento das glândulas) ou, raramente, câncer. Isso leva ao aumento do PTH, resultando em hipercalcemia (nível elevado de cálcio no sangue), que pode provocar sintomas como fadiga, fraqueza, dores ósseas, pedras nos rins e problemas gastrointestinais.


  2. Hiperparatireoidismo secundário: Ocorre quando as glândulas paratireoides aumentam a produção de PTH em resposta a baixos níveis de cálcio no sangue, geralmente devido a deficiências de vitamina D, insuficiência renal crônica ou problemas de absorção intestinal. Neste caso, o aumento de PTH é uma tentativa de corrigir o desequilíbrio de cálcio, mas também pode levar a uma desmineralização óssea.


  3. Hiperparatireoidismo terciário: Esse tipo é comum em pacientes com insuficiência renal que desenvolveram hiperparatireoidismo secundário prolongado. Nesse caso, as glândulas continuam a produzir PTH em excesso, mesmo quando os níveis de cálcio se normalizam, levando à hipercalcemia.


Sintomas e Complicações

Os sintomas variam de leves a graves e podem incluir:

  • Fadiga e fraqueza muscular

  • Dores ósseas e articulares

  • Pedras nos rins (devido ao excesso de cálcio na urina)

  • Problemas gastrointestinais (como náuseas e constipação)

  • Perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas











Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de exames de sangue que medem os níveis de cálcio, PTH e vitamina D, além de exames de imagem para avaliar a saúde óssea e identificar possíveis alterações nas paratireoides.


Tratamento

O tratamento varia conforme o tipo de hiperparatireoidismo e a gravidade dos sintomas. Para o hiperparatireoidismo primário, casos graves podem requerer cirurgia para remover as glândulas hiperativas. Em casos mais leves, o acompanhamento e mudanças no estilo de vida (como alimentação e atividade física) podem ser suficientes. Para o secundário, a suplementação de cálcio e vitamina D é frequentemente necessária, junto ao controle da causa subjacente, como a insuficiência renal.

É essencial o acompanhamento médico e nutricional para o manejo adequado do hiperparatireoidismo e a prevenção de complicações, especialmente aquelas relacionadas à saúde óssea e renal.


Na conduta nutricional para alguém com hiperparatireoidismo, o objetivo é ajudar a controlar os níveis de cálcio e fósforo, apoiar a saúde óssea e prevenir complicações. Aqui estão alguns pontos importantes:

  1. Moderação na ingestão de cálcio: O excesso de cálcio pode agravar a hipercalcemia, então, em casos de hiperparatireoidismo primário, a ingestão de cálcio deve ser controlada, mas não eliminada, já que ele é essencial para a saúde óssea. É recomendado obter cálcio através de fontes alimentares em vez de suplementos, a menos que haja recomendação médica.


  2. Vitamina D controlada: A vitamina D precisa ser avaliada para garantir que não esteja em níveis muito baixos, pois isso poderia estimular a produção de PTH. Contudo, como a vitamina D também aumenta a absorção de cálcio, é necessário monitoramento dos níveis para evitar agravar a hipercalcemia.


  3. Controle do fósforo: Alimentos ricos em fósforo (como carnes vermelhas, queijos, embutidos e refrigerantes) podem aumentar o desequilíbrio entre cálcio e fósforo. Manter o fósforo sob controle ajuda a reduzir os impactos na saúde óssea, já que o PTH elevado tende a aumentar a liberação de fósforo dos ossos.


  4. Hidratação adequada: Manter-se bem hidratado ajuda a reduzir o risco de formação de cálculos renais, que é maior em pessoas com hiperparatireoidismo devido ao aumento do cálcio na urina.


  5. Alimentos ricos em magnésio: O magnésio desempenha um papel importante no metabolismo do cálcio. Alimentos como vegetais verde-escuros, nozes e sementes podem ajudar no equilíbrio mineral e no suporte à saúde óssea.


  6. Reduzir a ingestão de sódio: O sódio aumenta a excreção de cálcio na urina, o que pode agravar a perda de cálcio ósseo. Diminuir o consumo de alimentos processados e de sal de mesa ajuda a prevenir esse efeito.


  7. Ingestão de alimentos com ação anti-inflamatória: Alimentos ricos em compostos bioativos, como frutas vermelhas, vegetais verde-escuros e oleaginosas, ajudam a reduzir o risco de complicações ósseas e a melhorar o metabolismo ósseo, combatendo a inflamação.


  8. Evitar excessos de proteína animal: Proteínas em excesso aumentam a excreção de cálcio pelos rins. Manter uma ingestão moderada de proteína, priorizando fontes vegetais e proteínas magras, ajuda no manejo do cálcio.


Uma dieta com base em alimentos naturais e equilibrada é crucial para apoiar o paciente com hiperparatireoidismo, sempre com a supervisão de um nutricionista e, se necessário, de um endocrinologista.

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